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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

VIDAAAAAA :)

Abro agora o MSN e vejo que o ator Guilherme Karan está internado há um ano e meio devido à síndrome de Machado-Joseph, uma doença degenerativa que faz com que a pessoa perca a capacidade motora. Ele não fala e não anda... Pena... Excelente ator...

Lembrete: CARPE DIEM!!!!! Gente, NÃO DÁ pra perder um minuto das nossas vidas!!!!


Maternidade e viagem internacional

Eu sumi. Fui viajar para a Itália com meu marido e dois filhos, quatro e seis anos (o mais velho fez seis lá). Fomos levá-los para conhecer a neve, aprender a esquiar. Ninguém me falou do tamanho do perrengue...

Foi demais, os dois aprenderam a descer rapidinho, muito lindos, valeu a viagem. Eu também pude treinar mais um pouquinho; fazia tempo que eu tinha colocado uma bota de esqui nos pés; a última (e primeira) vez foi em 2005, quando moramos em NY. Também foi maravilhoso passar alguns dias grudados, nós quatro, família feliz. Estivemos ainda com amigos queridos, nota 1000, super astral, delícia.

Mas confesso que não imaginava que seria tão cansativo (fisicamente, pois para a mente foi espetacular -- pronta para enfrentar mais um ano de São Paulo). São luvas, gorros e casacos de quatro pessoas para administrar durante dias inteiros. Luvas comuns e luvas de esqui: total de oito pares. Gorros comuns e capacetes: total de oito. Roupas de baixo, roupas de cima. Botas comuns e botas de esqui: total de oito. Óculos comuns de duas pessoas e goggles de quatro: total de seis. Cachecol: desisti no meio da viagem, exceto o do Lucas, que insistiu em usar seu gorro de ninja:



o tempo todo. Fora os esquis em si na hora de ir até a estação, sendo que os meninos não conseguiam carregar os seus próprios.

Avião com criança: já tinha ido com eles para a Disney em maio de 2015, mas a viagem foi mais curta... Dessa vez, demoraram horas para dormir no vôo de ida (o mais velho estava agitadíssimo, só dormiu com Dramin, que resolvi dar no meio da viagem antes que ele acordasse todos os passageiros...). A volta consistiu em esperarmos 6 horas no aeroporto de Turim pelo vôo Turim - Madri (vôo curto, ok, de uma hora e meia), espera em Madri de duas horas e, por fim, retorno a São Paulo de dez horas. Até que eles foram bem, tadinhos, mas o vôo de dez horas fez doer meus joelhos por muitas horas após termos saído do avião (meu pequeno dormiu no meu colo, logo no início, ufa), mas minhas pernas sofreram...

Alimentação: saiu totalmente da rotina. Queriam comer fora de hora e, na hora de comer, não comiam direito. Nem nos deixavam comer direito. Meu mais velho adora fazer misturas (eca!) na mesa, Coca-Cola com sal, mostarda, etc etc, derruba talheres no chão, é um caos. A mesa fica um horror. Estou no processo (árduo) de educá-lo à mesa, mas, como todo processo de aprendizagem, exige paciência (minha e dele também...). Meu pequeno ficava exausto na hora do jantar, todos os dias.

Banho: meu marido ocupou-se dos banhos até o meio da viagem, mas deslocou o ombro direito e tive que assumir a tarefa. "Mamãe": a palavra que mais amo escutar, e escuto muito no meu dia-a-dia. Mas tive uma overdose. No fim, eu já respondia até ao chamado de outras crianças.

Apesar de tudo isso, balanço da viagem: faria tudo de novo! Para mim, tudo que envolve meus meninos e meu marido é sempre muito valioso. Mais uma história para a minha coleção de memórias. Quando fui começar meus três meses de estudo para o Bar Exam de NY (Equivalente à OAB brasileira),  percebi que, de tudo na vida, fica para a gente a lembrança daquilo que é bom; acabamos esquecendo a parte ruim, sofrida, da maioria dos acontecimentos na nossa vida. Foi pensando nisso que enfrentei três meses praticamente sem sair de um mini quarto de um miniapartamento no Upper West side, e passei no exame. E assim é, de verdade. Faz dois dias que cheguei da jornada no aeroporto de Turim, e, depois de registrar aqui a exaustão materna pela qual passei, sei que vou esquecer dessa parte desgastante, e sei que, nas minhas recordações, vão ficar apenas os flashes de momentos incríveis, do maior amor possível, lembranças de sorrisos e abraços, de união. Sei que, nas lembranças dos meus pequenos, vão ficar histórias de alegria, de segurança ao lado dos seus pais, o sentimento de aconchego da infância (no qual, hoje, eu mesma, baseada na minha história, me apego tantas vezes para simplesmente...continuar...). Se não ficarem lembranças completas, os imprints neles (significado aqui) já me satisfazem.    

Se meus filhos são minha herança para o mundo, que neles eu deixe memórias alegres, que remetam ao amor, união e paz. E todo esforço que eu tenha que fazer para isso nunca será demais.





domingo, 3 de janeiro de 2016

O que eu quero para 2016?

Pensei muito sobre quais seriam minhas resoluções de ano novo nesses últimos dias. Até agora não cheguei a uma conclusão definitiva. Na minha insônia de fim de ano (sempre tenho), que em 2015 caiu na noite de 30 para 31 de dezembro, meus pensamentos voaram. Cheguei a escrever tudo o que passou pela minha cabeça, mas a bateria do meu celular não permitiu que eu chegasse até o fim.

Adoro pensar. Na verdade, não adoro, mas penso demais, é inevitável. Em meio à minha rotina tumultuada, às voltas com meus meninos, minha casa, minhas coisas, na maior parte das vezes, minhas maiores viagens filosóficas acontecem à noite quando, eventualmente, perco o sono. Na noite de 30 para 31 de dezembro, comecei meu balanço 2015 achando que esse ano não tinha sido em nada especial: não ganhei na loteria, não tive mais um filho, não mudei de casa (muito menos de cidade ou país) não mudei radicalmente meu visual, não mudei de religião, não iniciei um trabalho (nem remunerado nem voluntário), não participei ativamente dos movimentos anticorrupção no Brasil. Mas, logo na sequência, lembrei que fiz a viagem da Disney com meus pequenos, sua primeira viagem ao exterior :))) Lembrei que estive com eles por muito tempo durante o ano todo, acompanhando seus desenvolvimentos e aproveitando suas companhias como nunca. Pude levá-los à escola, conversar com seus professores, rir com eles, dividir refeições, colocá-los na cama quase toda noite, conversar com os dois, conhecê-los melhor, saber de seus pequenos mundos, de suas ideias, ler e rezar mais com eles, olhar mais em seus olhinhos, ganhar mais beijos e abraços, conheci seus organismos e aprendi a medicá-los como eles precisavam. Deixei-me conhecer por eles, toquei seus corações como pessoa, não só como mãe. Também estive por mais tempo com a minha mãe, amiga especial, companheira para qualquer hora. Cuidei mais do meu marido, pude alimentar essa parceria, presente de Deus. Vivi poucos mas intensos momentos com minhas melhores amigas, o que já considero suficiente para ter certeza de que são as irmãs que escolhi com o coração. Conheci melhor outras pessoas, e constatei como é bom compartilhar instantes, dividir pedacinhos das nossas vida com outro alguém, prestar atenção ao que o outro tem de melhor, criar memórias e, assim, criar história. Além disso, eu tive saúde para fazer tudo isso. Fiz tudo da forma como eu quis, pois esse ano meu corpo me permitiu fazer tudo como eu quisesse.

Por fim, eu pude, tão ou mais importante quanto tudo isso, me conhecer melhor. Fui atrás do que me faz bem, busquei entender assuntos para mim obscuros, enfrentei medos banais que me travavam, descobri outras formas de ver as mesmas coisas, descobri sozinha maneiras de me sentir melhor em determinadas situações, consegui dominar emoções (ao invés de ser dominada por elas), entendi que terminar um dia feliz ou mais ou menos está quase que totalmente nas minhas mãos, confirmei que estou no caminho certo ao buscar o autoconhecimento. Não me entreguei em momentos difíceis, persisti. Segurei sozinha minhas pontas durante quase todo o tempo e recebi ajudas preciosas quando precisei. Consegui dar o melhor de mim para as pessoas que amo, e consegui, com isso, fazê-las mais felizes. Me imaginei no leito de morte arrependida pelas coisas que deixei de fazer por preguiça, e resolvi levantar para fazer; arrependida pelas pessoas que deixei de fazer sorrir, e isso me motivou a buscar mais sorrisos para recordar; arrependida pelos dias que deixei de viver, e isso me incentivou a tirar o melhor de cada minuto. Porque SIM -- a nossa vida acaba, e acaba sem aviso prévio. O planejamento da nossa vida é necessário, mas precisamos ter muito cuidado com o que deixamos para depois, porque o futuro é incerto; o que está nas nossas mãos é o agora.

Termino o ano quase que da mesma forma que terminei 2014, mas ao mesmo tempo muito melhor. E volto atrás: 2015 foi um ano espetacular. E decido que minha resolução de ano novo vai ser manter tudo como está. Eu não quero mais nada! Simmmmm! Aos 37 anos eu já tenho tudo o que sempre quis, e não é pecado. Não quero mais dinheiro, não quero mais saúde, não quero mais bens materiais, não quero amar mais. Já tenho tudo isso em quantia muito mais do que suficiente.

Talvez eu queira aprender a ser mais grata, a retribuir ao outro tudo aquilo que o universo me deu, eu tenho esse dever. E talvez eu queira aprimorar tudo que aprendi, a controlar minhas emoções naquilo que afeta a mim, a me respeitar mais. O tão cobiçado (por mim) autocontrole! Preciso e hei de concluir esse post sobre os doces com sucesso! Trabalharei nele em 2016. Quero conhecer pessoas novas, conhecer novos mundos. Mas isso é o "a mais". Manter o passo de 2015: essa é a minha resolução para 2016.