A raiva era um pontinho vermelho à toa, perdido no nada, pequeno, que se alimentava dela mesma.
Com o tempo, passou a se alimentar de outras coisas. Um olhar meio de lado, uma imagem distorcida. Até que tudo, tudo mesmo, alimentava aquela raiva. Pessoas dançando, um casal apaixonado.
E ela foi crescendo muito. Nada adiantava para contê-la, porque ela é surda e cega, burra e só pensa nela mesma. Virou ira, explodiu.
Coube, ao fim, ao bom senso, um homenzinho azul, arrumar aquela bagunça.
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